segunda-feira, 25 de maio de 2015

Entrevista com a Pedagoga Juliana Barbosa da Silva

Juliana é Pedagoga tem 38 anos e a 3 trabalha em turmas Inclusivas.


Juliana, quais os principais desafios que você enfrenta ao trabalhar com esses alunos?
Meu maior desafio é o de chamar a atenção deles para as atividades, até onde eu poderia ir e como seria a interação deles com os demais alunos.

Quais os métodos de ensino que você utiliza?
Procuro desenvolver diferentes estratégias de ensino e aprendizagem para o aluno ter interação e participação nas atividades.

É feito um plano diferenciado para este aluno?
Sim. Mas, sempre respeitando as limitações de raciocínio do aluno e sempre desenvolvendo formar atividades criativas para auxiliá-los.

Como o aluno reage frente as atividades propostas pelo professor?
O aluno, em geral, demonstra-se curioso, animado, pois, cada atividade é uma novidade para ele. Neste ano trabalho com um aluno que ama pintura ele se sente livre com um pincel e papel na mão.

Juliana, como o aluno interage com os demais colegas?
O aluno demonstra muito carinho pelo os seus colegas, quer pegar abraça-los. Quando ele entra na sala de aula, já entra sorrindo.

Como os colegas socializam com este aluno?
No princípio com medo, eles acharam muito diferente quando o aluno chegou na turma, mas, hoje com a convivência eles o tratam com muito amor, carinho. Tudo o que é feito na sala os colegas lembram-se dele primeiro.

Quais tecnologias assistivas  você utiliza para trabalhar com este aluno?
Gosto muito de trabalhar com ele a psicomotricidade, uso também em sala de aula DVDs educativos, músicas, e a sala de informática que ele gosta muito, fica fascinado na frente do computador.

E o relacionamento aluno/professor?
O melhor que eu poderia ter. Eu aprendo mais com ele do que ele comigo, é uma relação gostosa de muito amor, carinho e paciência.

Qual vantagem para um aluno sem deficiência estudar ao lado de uma criança com deficiência?
Ele terá a oportunidade de vivenciar um conflito, de confrontar valores, praticar a solidariedade, aprenderá a lidar com a diferença em seu convívio diário.

Juliana, no seu ponto de vista o professor está preparado para a inclusão?
No meu ponto de vista não. Pois a teoria é uma coisa, mas é na prática que o educador vai se preparar para lidar com essa situação.

Meu amigo diferente é especial

“Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo, é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados”.Aranha, 2004


Diversidade. Este é o desafio das escolas, sociedade...
Grande parte das escolas hoje possuem turmas inclusivas, mas será que esta inclusão realmente acontece?
É preciso um olhar atento de todos os envolvidos no processo educativo para que esta criança, jovem ou adulto não seja segregado, excluído dentro do local onde deveria justamente dar asas às suas habilidades.
Existe uma distancia imensa entre o real e o ideal. Faltam adaptações, pessoal capacitado...
Em visita a uma turma de 3° ano de uma escola de Ensino Fundamental I podemos perceber a visão das crianças frente a um aluno com síndrome de Asperger. Desde 2013 a síndrome de Asperger e o autismo foram incorporados a um novo termo chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Essa percepção foi retratada por desenhos e produções de texto.